Pedro Almeida
Taça de Portugal
AC Marinhense 0: Leonardo Ferreira, Bruno Beato, Benny Silvano, André Sousa (c), Luís Oliveira, Miguel Pereira, Kuka (Ryan Omrani, 98'), Miguel Baptista (Edson, 82'), Pedro Faustino (Bernardo Ferreira, 101'), Rúben Coelho, Juan Mosquera (Maga, 40').
Não utilizados: Jovan Nikolic, Tomás Figueiredo, Rodrigo Costinha, Miguel Santos, David Duarte.
Treinador: Nuno Kata.
Caldas SC 0: Luís Lopes, Yordi Marcelo (David Pisco, 85'), Diogo Clemente, Edu Monteiro (Filipe Cascão, 90'), Thomas Militão (c), Nuno Januário (Ebah Viegas, 72'), Miguel Velosa (Tiago Catarino, 105'), Rodrigo Dias, Gonçalo Barreiras (Ricardo Alexandre, 72'), Rafa Pinto, Júlio Sousa (David Lopes, 72').
Não utilizados: Duarte Almeida, Pepo, Kevin Lopez.
Treinador: José Vala.
Estádio Municipal da Marinha Grande
Árbitro: João Mendes.
Auxiliares: Nélson Andrade e Rui Mendes.
Ao intervalo: 0-0
Resultado final após prolongamento: 0-0
Grandes penalidades: 0-1 Rafa Pinto, 0-2 David Pisco, 1-2 Ryan Omrani, 1-3 Rodrigo Dias, 2-3 André Sousa, 2-4 Thomas Militão.
Acção disciplinar: Amarelo a Edu Monteiro (40'), Thomas Militão (52'), Kuka (64'), David Pisco (90'), Diogo Clemente (115').
Num clássico distrital equilibrado, 120 minutos não foram suficientes para desempatar a partida. No recurso à marcação de grandes penalidades, Caldas SC foi mais eficaz e segue para a III eliminatória da Taça de Portugal.
O jogo começou numa toada calma, com as duas equipas com naturais cautelas, o que se compreende, dado ser um jogo a eliminar. Assim, só aos 17' vai surgir o primeiro lance de muito perigo na partida. Atraso de bola para Luís Paulo, que escorrega no momento do remate e instintivamente agarra a bola, quando não o podia fazer. Livre indirecto muito perigoso, mas Kuka na marcação do mesmo, remata por cima da baliza do Caldas SC. Apesar deste lance, o jogo voltou a cair numa toada morna e só aos 27' o Marinhense vai voltar a ter novamente um lance de perigo. Rúben Coelho ganha em velocidade na direita, mas em boa posição, acaba por rematar desenquadrado com a baliza de Luís Paulo.
Na etapa complementar, e apesar do equilíbrio prevalecer, o Caldas SC procurou ter mais bola e assumir a partida, no entanto, só aos 60' vai criar real perigo, num livre directo de Rafa Pinto, que obriga Leonardo Ferreira a uma excelente defesa para canto. Este lance de perigo foi no entanto a excepção, e a partida voltou a entrar numa fase de muitas cautelas, muito jogo a meio-campo e raramente os avançados a conseguirem sobrepor-se às bem organizadas defesas das duas equipas. Só aos 84', e já com o jogo a encaminhar-se para o fim do seu tempo regulamentar, o Caldas SC vai criar novamente muito perigo, no seguimento de uma jogada de insistência, com três remates quase seguidos à baliza do Marinhense e com Leonardo Ferreira a conseguir opor-se a todos com mestria.
E se quanto ao tempo regulamentar estamos falados, também a primeira parte do prolongamento teve muito pouca história e só aos 104' por muito pouco Miguel Pereira não consegue fazer a emenda vitoriosa a um cruzamento da esquerda. Na resposta, aos 110' Ebah Viegas isola-se e obriga Leonardo Ferreira a mais uma excelente defesa para canto. Praticamente no lance seguinte, é Miguel Pereira que ao segundo poste não consegue o desvio vitorioso, quando aparentava ter tudo para desfazer a igualdade na partida. Mas não havia volta a dar, e o jogo teria mesmo que se decidir no recurso da marcação de grandes penalidades e aí, a equipa de José Vala foi mais eficiente e acabou por vencer por 2-4.
Vitória do Caldas SC na marcação das grandes penalidades, num jogo que em verdade, nenhuma das equipas se conseguiu sobrepor à outra, e em que a derrota, fosse para que equipa fosse, trazia sempre um travo de injustiça. Mas o futebol é isto mesmo.
Arbitragem regular de João Mendes, mas que fica manchada por uma clara grande penalidade não marcada a favor do Caldas SC, já nos minutos finais do prolongamento.
Uma palavra final, para o muito público das duas equipas presentes no municipal da Marinha Grande, que de uma forma sempre ordeira entusiasta, deram um brilho especial a este clássico distrital. Como era bom, o futebol ser sempre assim.
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