sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Aliu Camara decide jogo intenso entre UD Serra e GD "Os Nazarenos"

Pedro Almeida

Divisão de Honra

UD Serra 1: David Santos, Vasco Cruz (Pedro Gordo, 79'), Rodolfo Simões, Celso Vieira, Francisco Felizardo, Rui Rodrigues (c), Aliu Camara (Sandro Gordo, 87'), Pedro Ruivo, Marcos Santos (João Reis, 62'), Joaquim Batim, Dany Marques.
Não utilizados: Alexandre, Tiago Neto, Miguel Neves, Simão Vieira.
Treinador: Pedro Emanuel.

GD "Os Nazarenos" 0: Mocheco, Juvenal Oliveira (Rudy, 67'), André Amores, Tiago Claro (Rúben Fernandes  30') (João Duarte, 82'), Luís Gonçalves (Pedrosa, 76'), Eduardo Valente (André Carvalho, int.), Figueiredo, Francisco Mota, Rodrigo Nogueira, Ricky Duarte (c), Alexandre Cruz (Nuno Joaquim, 67').
Não utilizados: Fabião.
Treinador: Filipe Faria.

Campo da Portela, em Santa Catarina da Serra.
Árbitro: Gonçalo Teixeira.
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: 1-0 Aliu Camara (59')
Acção disciplinar: Amarelo a Rodrigo Nogueira (43'), Aliu Camara (45'), Celso Vieira (78'), Pedro Ruivo (86').

Num jogo intenso e jogado quase sempre no limite, a UD Serra venceu a equipa do GD "Os Nazarenos" por 1-0, com Aliu Camara a ser o marcador do único tento da partida.

O jogo começou num ritmo bastante alto e logo aos 7' a UD Serra esteve muito perto de inaugurar o marcador. Bola nas costas da defensiva do GD "Os Nazarenos", com Aliu Camara a cruzar para Dany Marques, que de primeira obriga Mocheco a uma excelente defesa, quase por instinto. Com as duas equipas a optarem por um futebol bastante directo, a bola estava constantemente junto, quer de uma quer de outra baliza, e aos 20' é Alexandre Cruz que ganha em velocidade na esquerda, mas o remate, já pressionado, acaba por sair fraco e para as mãos de David Santos. Nunca perdendo velocidade, e com as duas equipas sempre com enorme pressão no portador da bola, raramente os jogadores tinham tempo parta pensar o jogo, optando quase sempre por um futebol directo, o que ia facilitando a tarefa de quem defendia. Apesar de toda esta intensidade, só aos 40' vai surgir mais um lance de perigo, com Ricky Duarte a aproveitar um ressalto, e a rematar de pronto, mas uma vez mais David Santos resolve, pelo que o nulo não se alteraria até ao intervalo.
E a etapa complementar recomeçou na mesma toada de muita intensidade, e logo aos 50', Vasco num lance de insistência de Rodolfo, remata ligeiramente por cima da baliza de Mocheco. Praticamente na resposta, é Rodrigo Nogueira que vai ganhar espaço à entrada da área, mas o remate sai à figura de David Santos. Até que aos 59', e depois de um remate de Marcos Santos, Mocheco não consegue segurar à primeira, com a bola a sobrar para Aliu Camara, que à vontade faz o 1-0 na partida. O golo galvanizou a equipa da casa, e aos 69' Dany Marques obriga Mocheco a brilhar, fazendo duas enormes defesas, quando já adivinhava mais um golo para a equipa da casa. Mas o sinal mais era mesmo da Serra, e pouco depois vai beneficiar de um grande penalidade, a castigar uma falta de Francisco Mota dentro da sua área. No entanto, Rui Rodrigues na concretização da mesma, acerta caprichosamente no poste da baliza de Mocheco. Com o jogo agora mais partido,  o GD "Os Nazarenos foi tentando criar perigo, mas fazia-o nesta fase mais com o coração, procurando fazer tudo muito rapidamente, o que ia facilitando a tarefa da bem organizada equipa de Pedro Emanuel, que garantiu assim três preciosos pontos.
Vitória justa da equipa da UD Serra, que conseguiu ter mais colectivo, num jogo equilibrado, mas onde pertenceram à UD Serra as melhores ocasiões de golo, perante uma equipa do GD "Os Nazarenos" ainda a procurar um colectivo forte, tendo em conta a enorme qualidade individual que a equipa de Filipe Faria dispõe. 
Excelente arbitragem de Gonçalo Teixeira, com um outro erro de pormenor, num jogo que não foi fácil, tal a intensidade que os jogadores das duas equipas colocavam em cada lance.

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Caldas SC vence Marinhense na "lotaria" das grandes penalidades e segue em frente na Taça de Portugal

Pedro Almeida

Taça de Portugal

AC Marinhense 0: Leonardo Ferreira, Bruno Beato, Benny Silvano, André Sousa (c), Luís Oliveira, Miguel Pereira, Kuka (Ryan Omrani, 98'), Miguel Baptista (Edson, 82'), Pedro Faustino (Bernardo Ferreira, 101'), Rúben Coelho, Juan Mosquera (Maga, 40'). 
Não utilizados: Jovan Nikolic, Tomás Figueiredo, Rodrigo Costinha, Miguel Santos, David Duarte.
Treinador: Nuno Kata.

Caldas SC 0: Luís Lopes, Yordi Marcelo (David Pisco, 85'),  Diogo Clemente, Edu Monteiro (Filipe Cascão,  90'), Thomas Militão (c), Nuno Januário (Ebah Viegas, 72'), Miguel Velosa (Tiago Catarino, 105'),  Rodrigo Dias, Gonçalo Barreiras (Ricardo Alexandre,  72'), Rafa Pinto, Júlio Sousa (David Lopes, 72').
Não utilizados: Duarte Almeida, Pepo, Kevin Lopez.
Treinador: José Vala.

Estádio Municipal da Marinha Grande
Árbitro: João Mendes.
Auxiliares: Nélson Andrade e Rui Mendes.
Ao intervalo: 0-0
Resultado final após prolongamento: 0-0
Grandes penalidades: 0-1 Rafa Pinto, 0-2 David Pisco, 1-2 Ryan Omrani, 1-3 Rodrigo Dias, 2-3 André Sousa, 2-4 Thomas Militão.
Acção disciplinar: Amarelo a Edu Monteiro (40'), Thomas Militão (52'), Kuka (64'), David Pisco (90'), Diogo Clemente (115').

Num clássico distrital equilibrado, 120 minutos não foram suficientes para desempatar a partida. No recurso à marcação de grandes penalidades, Caldas SC foi mais eficaz e segue para a III eliminatória da Taça de Portugal.

O jogo começou numa toada calma, com as duas equipas com naturais cautelas, o que se compreende, dado ser um jogo a eliminar. Assim, só aos 17' vai surgir o primeiro lance de muito perigo na partida. Atraso de bola para Luís Paulo, que escorrega no momento do remate e instintivamente agarra a bola, quando não o podia fazer. Livre indirecto muito perigoso, mas Kuka na marcação do mesmo, remata por cima da baliza do Caldas SC. Apesar deste lance, o jogo voltou a cair numa toada morna e só aos 27' o Marinhense vai voltar a ter novamente um lance de perigo. Rúben Coelho ganha em velocidade na direita, mas em boa posição, acaba por rematar desenquadrado com a baliza de Luís Paulo. 
Na etapa complementar, e apesar do equilíbrio prevalecer, o Caldas SC procurou ter mais bola e assumir a partida, no entanto, só aos 60' vai criar real perigo, num livre directo de Rafa Pinto, que obriga Leonardo Ferreira a uma excelente defesa para canto. Este lance de perigo foi no entanto a excepção, e a partida voltou a entrar numa fase de muitas cautelas, muito jogo a meio-campo e raramente os avançados a conseguirem sobrepor-se às bem organizadas defesas das duas equipas. Só aos 84', e já com o jogo a encaminhar-se para o fim do seu tempo regulamentar, o Caldas SC vai criar novamente muito perigo, no seguimento de uma jogada de insistência, com três remates quase seguidos à baliza do Marinhense e com Leonardo Ferreira a conseguir opor-se a todos com mestria. 
E se quanto ao tempo regulamentar estamos falados, também a primeira parte do prolongamento teve muito pouca história e só aos 104' por muito pouco Miguel Pereira não consegue fazer a emenda vitoriosa a um cruzamento da esquerda. Na resposta, aos 110' Ebah Viegas isola-se e obriga Leonardo Ferreira a mais uma excelente defesa para canto. Praticamente no lance seguinte, é Miguel Pereira que ao segundo poste não consegue o desvio vitorioso, quando aparentava ter tudo para desfazer a igualdade na partida. Mas não havia volta a dar, e o jogo teria mesmo que se decidir no recurso da marcação de grandes penalidades e aí, a equipa de José Vala foi mais eficiente e acabou por vencer por 2-4.
Vitória do Caldas SC na marcação das grandes penalidades, num jogo que em verdade, nenhuma das equipas se conseguiu sobrepor à outra, e em que a derrota, fosse para que equipa fosse, trazia sempre um travo de injustiça. Mas o futebol é isto mesmo.
Arbitragem regular de João Mendes, mas que fica manchada por uma clara grande penalidade não marcada a favor do Caldas SC, já nos minutos finais do prolongamento. 
Uma palavra final, para o muito público das duas equipas presentes no municipal da Marinha Grande, que de uma forma sempre ordeira entusiasta, deram um brilho especial a este clássico distrital. Como era bom, o futebol ser sempre assim.


sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Abley Diop decide jogo equilibrado em Fátima

Pedro Almeida

Campeonato de Portugal

CD Fátima 0: Ivo Cristo, Tomás Silva, Rui Guedes, Lucas Oliveira (Diogo Morgado, 71'), Vieirinha, Marcelo Cunha (c), Tiago Rodrigues, Diogo Oliveira (João Escoval, int.), Alexandre Silva (Tiago Silva, 71'), Ganso (Diogo Gonçalves,  60'), Martim Santos (Pier Mendes, 60').
Não utilizados: Evans, Iuri Alves, Telmo Rodrigues, Sandro Isabelinha.
Treinador: Gonçalo Carvalho.

GD Peniche 1: Hugo Sousa, Tiago Ferreira, José Gomes (c), Anthonio Correia, Ivo Palma, Matheus Palmeirão, Rafael Baião (Paulinho, 89'), Bernardo Gomes (Pedro Seguro, int.), Betel Muhungo (Buli Candé, 57'), Diogo Lamas (Marcelo Marquês,  77'), Renato Alexandre (Abley Diop, 77').
Não utilizados: João Souza, João Mendes, Telmo Fonseca.
Treinador: Tiago Vicente.

Estádio João Paulo II, em Fátima.
Árbitro: Diogo Machado.
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: 0-1 Abley Diop (85').
Acção disciplinar: Amarelo a Ivo Palma (24'), Vieirinha (27'), José Gomes (39').

Num jogo equilibrado e algo condicionado pelo muito calor, o GD Peniche foi a Fátima e venceu por 0-1, com Abley Diop a marcar o único golo da partida já nos minutos finais do jogo.

O jogo começou numa toada morna, com as duas equipas a equilibrarem-se e com o jogo a ser essencialmente jogado a meio-campo, quase sempre longe das balizas. Apesar disso, e a jogar em casa, a jovem equipa do CD Fátima procurava assumir o jogo e na verdade, paulatinamente foi tendo algum domínio territorial da partida. Apesar disso, sós aos 19´vai surgir a primeira ocasião clara de perigo, com Tiago Rodrigues a ser lançado em velocidade nas costas da defensiva do GD Peniche, mas já em esforço, acaba por rematar fraco e à figura de Hugo Sousa, quando tinha tudo para inaugurar a partida. Apesar deste lance, o jogo voltou a cair numa fase monótona e só aos 35', vai ter novo lance de algum perigo, no seguimento de um contra-ataque rápido do CD Fátima, valeu José Gomes, que com uma recuperação notável, impediu males maiores para a sua baliza. Pouco depois, aos 42', novo lance de perigo junto da baliza do GD Peniche, com uma série consecutiva de remates, cortes e ressaltos dentro da área, mas nenhum a levar a direcção da baliza, pelo que o nulo não se alteraria até ao intervalo.
Na etapa complementar o jogo seguiu na mesma toada lenta e com pouco interesse. Com o muito calor a condicionar claramente o desempenho dos jogadores, o jogo foi decorrendo num ritmo de muitas pausas, com as duas equipas a anularem-se no que a lances de perigo diz respeito. Apesar disso, o Peniche era agora uma equipa mais atrevida e aos 77' Tiago Vicente vai lançar a cartada final no jogo. Lança Abley Diop e Marcelo Marquês e refresca o seu ataque, e pouco depois, logo aos 81', Abley Diop, vai ter um cruzamento muito perigoso, a que faltou apenas o desvio vitorioso. Mas ficava o aviso, e aos 85', vai mesmo surgir o único golo da partida. Abley Diop é lançado em velocidade, e só com Ivo Cristo pela frente, não desperdiça e faz o golo, sentenciando a partida a favor do GD Peniche.
Resultado que acaba por ser algo injusto para a equipa do CD Fátima, que procurou sempre assumir as rédeas da partida, mas que na verdade poucas vezes o fez com perigo, mas que premeia a estratégia de Tiago Vicente, que mostrou sempre saber ao que vinha, sabendo sofrer quando foi preciso e que nos últimos minutos da partida, deu o golpe final, lançando em campo duas verdadeiras setas, numa altura em que o jogo já estava claramente partido.
Boa arbitragem de Diogo Machado, num jogo sem casos e onde os jogadores colaboraram sempre.



domingo, 1 de setembro de 2024

Miguel Velosa garante vitória do Caldas em Santarém

Pedro Almeida

Liga III

UD Santarém: Nuno Hidalgo, Rodrigo Guedes (Diogo Brás, 70'), Leandro Alves, João Ricardo (Rúben Araújo, 70'), Ricardo Apolinário (c) (Hamed, 60'), Jaime Simões, Pedro Araújo (Diogo Balau, 70'), Juninho (Bruno Figueiredo, 82'), Rafael Alcobia, Pierre Sagna, Tangu Gastão (Rúben Araújo, 70').
Não utilizados: Galil, Bastian, Marco Grilo, Ricardo Fernandes.
Treinador: Carlos Fernandes.

Caldas Sport Clube: Luís Lopes, Yordi Marcelo, Thomas Militão (c), Eduardo Monteiro, Diogo Clemente (Filipe Cascão, 83'), Kevin Lopez, Rodrigo Dias, Rafa Pinto (Ebah Viegas, 64'), Pedro Santos (Gonçalo Barreiras, 83'), Miguel Velosa (Ricardo Alexandre, 70') (Nuno Januário, 83'), João Rodrigues.
Não utilizados: Duarte Almeida, David Pisco, Luís Farinha, Júlio Sousa.
Treinador: José Vala.

Campo Chã das Padeiras, em Santarém.
Árbitro:
Auxiliares:
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: 0-1 Miguel Velosa (44')
Acçao disciplinar: Amarelo a Carlos Fernandes (52'),Yordi Marcelo (57'), Pierre Sagna (79'), Leandro Alves (90'+2).

Num jogo poucas vezes bem jogado, o Caldas SC conseguiu o mais importante, e venceu a equipa da UD Santarém por 0-1. Miguel Velosa foi o marcador do único golo da partida.

Início de jogo bastante intenso, com a bola sempre perto, quer de uma quer de outra baliza. Apesar disso, só aos 16' vai surgir o primeiro lance de algum perigo, com Juninho a ganhar espaço na direita, mas em boa posição, remata fraco, para defesa fácil de Luís Lopes. O jogo continuou nesta toada equilibrada, mas sem grandes motivos de interesse e só mesmo em cima do intervalo, Miguel Velosa vai aproveitar uma bola à entrada da área e com um remate colocado inaugura o marcador, resultado com que se chegaria ao intervalo.
A etapa complementar recomeça com mais um lance de perigo para o Caldas SC, com Pepo com um remate colocado a obrigar Nuno Hidalgo a uma excelente defesa para canto Esperava-se uma natural reacção da equipa de Santarém e assim foi. Paulatinamente foram crescendo na partida e aos 58', em dois lances consecutivos, valeu o experiente Luís Paulo, que com duas boas defesas, que conseguiu manter a vantagem do Caldas SC na partida. Mas a União de Santarém não se rendia à derrota, e aos 79', é Rúben Araújo,  que com um cabeceamento colocado, leva novamente o perigo junto da baliza do Caldas. Apesar destes lances, a defesa do Caldas SC ia chegando e sobrando para o ataque da UD Santarém, e assim, a equipa de José Vala garantiu mais uma importante vitória, que lhe permite chegar aos lugares cimeiros da classificação.