No regresso do futebol ao Campo da Portela, muitos meses depois, o jogo começou num ritmo bastante intenso e logo nos primeiros minutos, a Pelariga vai ameaçar a baliza de David Santos, com José Marques a lançar em profundidade Tenente, que cruza perigoso, mas não aparece ninguém a finalizar. Bastante físico e com uma intensidade acima da média, o jogo continuou numa toada equilibrada, até que aos 14', no seguimento de um livre da esquerda, Joel, de cabeça, tem uma má abordagem ao lance, e acaba por introduzir a bola na sua baliza. Em desvantagem, a Pelariga procurou reagir e pouco depois, Tenente ganha na luta com dois defesas, isola-se e valeu ao Marinhense a saída corajosa de David Santos, que impediu o golo do empate. Mas a bola pouca parava e poucos minutos depois, aproveitando uma reposição rápida de Artur, João Mendes serve de bandeja André Jorge, que não desperdiça e faz o 2-0. A Pelariga sentiu e de que maneira este golo, numa fase do jogo em que procurava o empate e pouco depois, aos 29', vai sofrer novo golo, numa bola que sobra à entrada da sua área, e João Mendes a finalizar com um remate forte e sem hipóteses para João Malva. Com a equipa da Pelariga algo desorientada, o Marinhense B não se fez rogado e aos 36' vai mesmo chegar ao 4-0, com Artur a dar o melhor seguimento a um bom lance de envolvência ofensiva. Nesta fase nada saía bem à equipa do concelho de Pombal, e aos 40' vai mesmo dispor de uma grande penalidade a seu favor, mas mesmo aí, Vítor Moura vai permitir uma boa defesa a David Santos.
Com o resultado já desnivelado, tal como se adivinhava, a etapa complementar foi mais desinteressante de seguir. O jogo continuou intenso, com muita luta, mas pouco interesse, com o Marinhense a controlar calmamente a sua vantagem e com uma equipa da Pelariga sem argumentos para alterar o que quer que fosse. A Pelariga procurava reduzir a desvantagem, mas pela frente encontrou um Marinhense que ia controlando o jogo a seu belo prazer e que em duas ocasiões, primeiro por Tiago Costa, aos 61', e depois por Vieirinha aos 72', vai mesmo estar perto de ampliar a vantagem.
Vitória indiscutível da equipa do AC Marinhense, num jogo em que apresentou sempre bastante intensidade em cada lance e onde mostrou argumentos individuais e colectivos, para puder vir a fazer uma grande temporada. Já quanto ao Pelariga, depois de um início de jogo prometedor, pagou demasiado caro alguns erros individuais e tardou a conseguir reagir.
Arbitragem regular de Rafael Jorge, ainda que não isenta de pequenos erros, sem qualquer influência no resultado.
Diário de Leiria, 28 de Outubro de 2020