sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Marinhense só caiu na lotaria das grandes penalidades


AC Marinhense 1
Jair Mosquera, Diogo Vieira (João Silva, 109'), Gustavo, Roberto, China, Miguel Velosa (André Amores, 115'), André Sousa (c), Miguel Vinagre, André Carvalho (Cláudio Ribeiro, 68'), Dudu (Rodrigo Nogueira, 111'), Adul Seidi.
Não Utilizados: Tomas Bozinovski, João Filho, Arthur Gregio.
Treinador: Tiago Vicente.

CD Cova da Piedade 1
Adriano Facchini, João Amorim, Bruno Bernardo, João Meira (c), Alex Kakuba (Femi Balogun, 71'), Varela (Thabo Cele, 105'), João Patrão (Wilson Kenedy, 58'), Pepo, Miguel Rosa, João Vieira, Arnold (Gonçalo Maria, 73')
Não Utilizados: Cléber Santana, Simão Jr., Chico.
Treinador: César Lacedra.

3.ª eliminatória da Taça de Portugal 2020-2021
Estádio Municipal da Marinha Grande
Assistência: Sem espectadores
Árbitro: Cláudio Pereira.
Assistentes: Ângelo Carneiro e Cátia Tavares.
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: 1-0 ag João Meira (55'), 1-1 Bruno Bernardo (68')
Acção Disciplinar: Amarelo a Adul Seidi (7'), Patrão (47'), Roberto (58'), Jair Mosquera (97'), João Meira (103'), Miguel Velosa (107'). Vermelho Directo a André Sousa (115').
Fim do Tempo regulamentar: 1-1
Fim do Prolongamento: 1-1
Grandes Penalidades: 0-1 Miguel Rosa, 1-1 China, 1-2 Thabo Cele, 1-3 Pepo, 2-3 André Amores, 2-4 Gonçalo Maria, 3-4 Gustavo, 3-5 João Vieira.

Frente a um adversário de um escalão superior, o CD Cova da Piedade, o Marinhense não foi em nada inferior ao seu adversário, pelo contrário, e ainda esteve em vantagem no marcador, mas acabaria por sofrer o empate. No recurso ao desempate nas grandes penalidades, a equipa da margem sul, acabaria por ser mais feliz.

Com mais responsabilidades na prova, o Cova da Piedade entrou mais pressionante no jogo e desde cedo procurou ganhar algum ascendente na partida. Apesar do bom início de jogo do seu opositor, o Marinhense estava longe se se intimidar, e paulatinamente foi equilibrando a contenda, e cerca dos 10/15 minutos de jogo, já equilibrara a partida e começava mesmo a acercar-se cada vez com mais perigo junto da área do seu adversário. Aos 25', vai mesmo surgir a primeira ocasião clara de golo, e vai pertencer aos comandados de Tiago Vicente. O ataque do Marinhense pressiona o erro da equipa do Cova da Piedade, ganha a bola, e Miguel Velosa aparece isolado na cara de Adriano Facchini, com o guardião a ter uma magnifica estirada para canto. O sinal mais era agora claramente dos homens da casa, e pouco depois, o irrequieto Miguel Velosa vai ter mais uma boa iniciativa, que culmina em mais um canto para o Marinhense. Pragmático, e com um enorme rigor com e sem bola, a equipa do Marinhense ia mostrando que estava ali para discutir o resultado, perante um adversário que poucas vezes ia conseguindo mostrar que na verdade, compete num escalão superior.
Depois de uma etapa inicial equilibrada, a partida recomeça na mesma toada e logo aos 52', o Marinhense vai novamente criar muito perigo. Reposição rápida de um livre, a defesa do Cova da Piedade desatenta, com a bola achegar a Miguel Velosa, que em posição privilegiada, tinha tudo para fazer o golo, valeu um corte quase milagroso de João Meira. O Cova da Piedade respondeu na mesma moeda, e na jogada seguinte, cruzamento milimétrico da direita, e Miguel Rosa, no poste contrário e já em esforço, desperdiça uma oportunidade clara para inaugurar o marcador. O jogo seguia numa toada intensa, e já depois de Adul Seidi desperdiçar mais um lance de perigo, aos 55', o Marinhense vai mesmo chegar ao golo. Lance de insistência na direita, cruzamento para a área e após alguma confusão, com um amontoado de jogadores na disputa do lance, a bola acaba mesmo dentro da baliza do Cova da Piedade. 
Em desvantagem na partida, o Cova da Piedade procurou reagir, mas pela frente ia encontrando uma bem organizada equipa da casa, que com uma enorme entreajuda entre todos os seus sectores, ia conseguindo conter as tentativas de ataque do seu adversário. Até que aos 68', no seguimento de um livre na esquerda, a bola é lançada para a área e Bruno Bernardo é o mais expedito e faz o 1-1, relançando a partida. Embalado pelo golo, o Cova da Piedade ganhou alguma chama, e foi procurando resolver a partida no seu tempo regulamentar, mas o Marinhense continuava tranquilo e sempre controlando o ataque do seu opositor.
Com o empate no tempo regulamentar, o jogo seguiu para prolongamento,e nesta fase o Marinhense já mostrava algum desgaste, pelo que não é de estranhar que as duas melhores oportunidades tenham pertencido aos homens de César Lacerda. Primeiro, aos 102', é Femi Balogun que obriga Dudu a um corte quase milagroso em cima da sua linha de baliza, e depois, aos 113', é João Vieira, que com um grande remate na passada, leva a bola a tirar tinta ao poste da baliza de Jair Mosquera. Apesar destes lances, o empate não seria mesmo desfeito e foi necessário recorrer à sempre injusta lotaria das grandes penalidades e aí, Adriano Facchini, fez valer toda a sua experiência, defendendo o remate de Cláudio Ribeiro e garantindo assim a passagem à próxima fase, num resultado que acaba por castigar em demasia a equipa da Marinha Grande, que pela forma corajosa e pragmática como abordou o jogo, bem fez por merecer um resultado diferente.
Arbitragem com muitos pequenos erros de Cláudio Pereira, ainda que sem falhas em lances de grande relevância. A única dúvida, foi mesmo no lance da expulsão de André Sousa, em que deu a impressão de algum excesso de rigor.

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